"Mortal Kombat X" é o game mais divertido e brutal da série e não é preciso de muito tempo para perceber isso. Os golpes "raio-x" conseguiram ficar ainda mais dolorosos, os "fatalities" foram turbinados por um conhecimento invejável da anatomia do corpo humano e o tom usado nos lutadores e cenários nunca foi tão sombrio. O G1 gravou algumas lutas de "MK X" e comentou as grandes novidades do game.
Essas são apenas nossas primeiras impressões com o jogo, é claro, mas a chance de elas mudarem é pequena. Com o controle nas mãos, a sensação é de que a Netherrealm, estúdio gerido por profissionais que trabalham em "Mortal Kombat" desde os primeiros games, como Ed Boon
, só evoluiu em relação às fundações estabelecidas com competência no último jogo, de 2011. Esse é o "MK" mais completo e maduro de todos.
Encontro de gerações
O elenco é um mix bem equilibrado de novos e velhos rostos. Veteranos como Johnny Cage e Sonya Blade se fundem a uma nova leva de combatentes mortais, como Cassie Cage, a filha do casal. Nesse exemplo em específico, Cassie literalmente combina os estilos de luta dos pais, o que pode agradar quem curte apenas certos aspectos de cada um.
Mas existem tantos outros lutadores inéditos bem pensados. Ferra/Torr é uma criatura enorme e grotesca com uma criança nos ombros, que anda devagar mas bate pesado, e foge totalmente dos arquétipos de personagens de "Mortal Kombat". Já Erron Black é um "cowboy from hell" que usa seus revólveres e bombas de areia para confundir o oponente e sair com a vitória.
Mesmo quem gosta de jogar com os klássicos, como Scorpion e Sub-Zero, também terá muito que aprender. Isso porque uma das principais novidades de "Mortal Kombat X" é o seu sistema de estilos de luta. São três por personagem, e cada um deles não oferece só um visual único, mas habilidades diferentes. Esse permanente duelo de estilos promete ocupar a mente dos
Mal temperado
O único ponto negativo de "MK X" é sua dublagem na versão brasileira. A escolha da roqueira Pitty para a voz de Cassie Cage era duvidosa, mas compreensível em uma lógica de atrair mais público para o game. Mas nem para isso parece que irá funcionar, tamanha a reação negativa dos fãs Gamers.
Pitty não é dubladora profissional e não se esperava dela um desempenho digno deWendel Bezerra, a voz de Goku no Brasil. Mas parece que ela simplesmente não foi dirigida ao longo das sessões de dublagem por conta da apatia e da falta de emoção em suas falas. Essas mesmas falas também apresentam problemas de mixagem, e a voz da cantora sempre parece estar mais baixa que as demais.
Também vale notar alguns probleminhas de tradução no jogo. Em uma fala coincidentemente de Cassie Cage, a personagem diz "Não precisa. Eu tenho isso", uma tradução literal (e equivocada) de "I got this", expressão em inglês que significa "pode deixar comigo". Todos esses pormenores resultam em um trabalho bem aquém do que se espera da localização brasileira de um game importante como "Mortal Kombat X".
"Mortal Kombat X" será lançado oficialmente no Brasil na quinta-feira (16), durante um evento que contará com um show da Pitty. "MK X" tem versões para PlayStation 4, Xbox One e PC. A edição para Xbox 360 e PS3 foi adiada para o meio do ano.